Relatos de assuntos que de alguma forma fizeram parte do meu dia-a-dia, imagens,videos, textos e músicas que escrevem ou escreveram a história da minha vida. Boa leitura!
terça-feira, novembro 29, 2011
domingo, novembro 27, 2011
AH, O AMOR
“Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor prá valer, só acontece
uma vez, geralmente antes dos trinta.
Não contaram pra nós que o amor não é acionado, nem chega com hora
marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e
que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, e que ninguém em nossa vida merece
carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada ‘dois em um’: duas pessoas
pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava.
Não nos contaram que isso tem nome: anulação. E que só sendo indivíduos
com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.”
Nunca antes o amor foi tema de
tantos textos, estudos, experiências e obras literárias.
Conforme a experiência e
inteligência humana vêm se transformando, transmuta-se também nossa forma de ver
e viver muitas coisas.
Assim, caem mitos e erguem-se
novas verdades, mais maduras, mais equilibradas...
Qualquer cogitação mais
aprofundada, hoje nos mostra que a idéia de não sermos completos, de que
precisamos de uma suposta outra “metade”, para que só assim possamos ser
felizes, é bastante absurda, e no mínimo questionável.
A imagem romântica das “duas
partes”, da união entre dois seres, é, sem dúvida, repleta de beleza, mas só
a evolução do pensamento para nos mostrar belezas mais grandiosas ainda.
O quanto é belo e esperançoso
saber que podemos encontrar felicidade não apenas com uma alma, mas com várias!
E aqui a palavra “com” é
deveras importante, pois vamos descobrir que não encontraremos a felicidade
“nas” pessoas, mas “com” elas.
A felicidade é nossa
responsabilidade, é conquista individual.
Quanta alegria no coração
daqueles que “perderam” grandes amores, e que descobrem poderem ter
muitos deles nesta e em outras existências!
Quanto consolo para as lágrimas
dos que amaram e não foram correspondidos, para os que sofreram os reflexos da
imaturidade e desequilíbrio de seus amados.
Há muito para amar. Há muitos
para amar. Proclama a verdade da razão.
Muito para aprender na vida a
dois, na convivência diária com as diferenças, e nelas o grande segredo do
crescimento.
Desfrutamos do conforto e
proteção das naves da felicidade, em nosso castelo “lar”, graças às
afinidades, é certo.
Porém, são a sabedoria e a
maturidade conquistadas na convivência com as diferenças, as grandes
construtoras dessas paredes vastas e rígidas que asseguram o sucesso na
empreitada doméstica.
A visão ampla e definida que já
podemos ter, nos mostra de um lado a anulação, do outro a tirania e a dominação,
e faz-nos assim escolher o caminho do meio.
O caminho da individualidade
completa na essência, que na convivência com outros vai se moldando e crescendo,
perfectível que é, por natureza.
Você sabia que as almas gêmeas
no sentido absoluto do termo não existem?
“Deus jamais criaria Seus filhos pela metade. Seriam incompletos.
Trata-se, sem embargo, de uma expressão poética, exatamente para
representar aqueles indivíduos que têm excelente encaixe psicológico de tal modo
que se complementam psíquica e afetivamente.
Não passa de um símbolo para exprimir os grandes entrosamentos psíquicos,
as grandes afinidades entre almas.”
quarta-feira, novembro 23, 2011
O BRASILEIRO
1. O povo brasileiro se habituou a “enfrentar a vida” e a conseguir
tudo “na luta”, quer dizer, superando dificuldades e com muito trabalho.
Por que não iria “enfrentar” também o derradeiro desafio de fazer as
mudanças necessárias, para criar relações mais igualitárias e acabar com
a corrupção?
2. O povo brasileiro ainda não acabou de nascer. O que herdamos foi a Empresa-Brasil com uma elite escravagista e uma massa de destituídos. Mas do seio desta massa, nasceram lideranças e movimentos sociais com consciência e organização. Seu sonho? Reinventar o Brasil. O processo começou a partir de baixo e não há mais como detê-lo.
3. Apesar da pobreza e da marginalização, os pobres sabiamente inventaram caminhos de sobrevivência. Para superar esta anti-realidade, o Estado e os políticos precisam escutar e valorizar o que o povo já sabe e inventou. Só então teremos superado a divisão elites-povo e seremos uma nação una e complexa.
4. O brasileiro tem um compromisso com a esperança. É a última que morre. Por isso,tem a certeza de que Deus escreve direito por linhas tortas. A esperança é o segredo de seu otimismo, que lhe permite relativizar os dramas, dançar seu carnaval, torcer por seu time de futebol e manter acesa a utopia de que a vida é bela e que amanhã pode ser melhor.
5. O medo é inerente à vida porque “viver é perigoso” e sempre comporta riscos. Estes nos obrigam a mudar e reforçam a esperança. O que o povo mais quer, não as elites, é mudar para que a felicidade e o amor não sejam tão difíceis.
6. O oposto ao medo não é a coragem. É a fé de que as coisas podem ser diferentes e que, organizados, podemos avançar. O Brasil mostrou que não é apenas bom no carnaval e no futebol. Mas também bom na agricultura, na arquitetura, na música e na sua inesgotável alegria de viver.
7. O povo brasileiro é religioso e místico. Mais que pensar em Deus, ele sente Deus em seu cotidiano que se revela nas expressões: “graças a Deus”, “Deus lhe pague”, “fique com Deus”. Deus para ele não é um problema, mas a solução de seus problemas. Sente-se amparado por santos e santas e por bons espíritos e orixás que ancoram sua vida no meio do sofrimento.
8. Uma das características da cultura brasileira é a alegria e o sentido de humor, que ajudam aliviar as contradições sociais. Essa alegria nasce da convicção de que a vida vale mais do que qualquer coisa. Por isso deve ser celebrada com festa e diante do fracasso, manter o humor. O efeito é a leveza e o entusiasmo que tantos admiram em nós.
9. Há um casamento que ainda não foi feito no Brasil: entre o saber acadêmico e o saber popular. O saber popular nasce da experiência sofrida, dos mil jeitos de sobreviver com poucos recursos. O saber acadêmico nasce do estudo, bebendo de muitas fontes. Quando esses dois saberes se unirem, seremos invencíveis.
10. O cuidado pertence à essência de toda a vida. Sem o cuidado ela adoece e morre. Com cuidado, é protegida e dura mais. O desafio hoje é entender a política como cuidado do Brasil, de sua gente, da natureza, da educação, da saúde, da justiça. Esse cuidado é a prova de que amamos o nosso pais.
11. Uma das marcas do povo brasileiro é sua capacidade de se relacionar com todo mundo, de somar, juntar, sincretizar e sintetizar. Por isso, ele não é intolerante nem dogmático. Gosta e acolhe bem os estrangeiros. Ora, esses valores são fundamentais para uma globalização de rosto humano. Estamos mostrando que ela é possível e a estamos construindo.
12. O Brasil é a maior nação neolatina do mundo. Temos tudo para sermos também a maior civilização dos trópicos, não imperial, mas solidária com todas as nações, porque incorporou em si representantes de 60 povos que para aqui vieram. Nosso desafio é mostrar que o Brasil pode ser, de fato, um pedaço do paraíso que não se perdeu.
2. O povo brasileiro ainda não acabou de nascer. O que herdamos foi a Empresa-Brasil com uma elite escravagista e uma massa de destituídos. Mas do seio desta massa, nasceram lideranças e movimentos sociais com consciência e organização. Seu sonho? Reinventar o Brasil. O processo começou a partir de baixo e não há mais como detê-lo.
3. Apesar da pobreza e da marginalização, os pobres sabiamente inventaram caminhos de sobrevivência. Para superar esta anti-realidade, o Estado e os políticos precisam escutar e valorizar o que o povo já sabe e inventou. Só então teremos superado a divisão elites-povo e seremos uma nação una e complexa.
4. O brasileiro tem um compromisso com a esperança. É a última que morre. Por isso,tem a certeza de que Deus escreve direito por linhas tortas. A esperança é o segredo de seu otimismo, que lhe permite relativizar os dramas, dançar seu carnaval, torcer por seu time de futebol e manter acesa a utopia de que a vida é bela e que amanhã pode ser melhor.
5. O medo é inerente à vida porque “viver é perigoso” e sempre comporta riscos. Estes nos obrigam a mudar e reforçam a esperança. O que o povo mais quer, não as elites, é mudar para que a felicidade e o amor não sejam tão difíceis.
6. O oposto ao medo não é a coragem. É a fé de que as coisas podem ser diferentes e que, organizados, podemos avançar. O Brasil mostrou que não é apenas bom no carnaval e no futebol. Mas também bom na agricultura, na arquitetura, na música e na sua inesgotável alegria de viver.
7. O povo brasileiro é religioso e místico. Mais que pensar em Deus, ele sente Deus em seu cotidiano que se revela nas expressões: “graças a Deus”, “Deus lhe pague”, “fique com Deus”. Deus para ele não é um problema, mas a solução de seus problemas. Sente-se amparado por santos e santas e por bons espíritos e orixás que ancoram sua vida no meio do sofrimento.
8. Uma das características da cultura brasileira é a alegria e o sentido de humor, que ajudam aliviar as contradições sociais. Essa alegria nasce da convicção de que a vida vale mais do que qualquer coisa. Por isso deve ser celebrada com festa e diante do fracasso, manter o humor. O efeito é a leveza e o entusiasmo que tantos admiram em nós.
9. Há um casamento que ainda não foi feito no Brasil: entre o saber acadêmico e o saber popular. O saber popular nasce da experiência sofrida, dos mil jeitos de sobreviver com poucos recursos. O saber acadêmico nasce do estudo, bebendo de muitas fontes. Quando esses dois saberes se unirem, seremos invencíveis.
10. O cuidado pertence à essência de toda a vida. Sem o cuidado ela adoece e morre. Com cuidado, é protegida e dura mais. O desafio hoje é entender a política como cuidado do Brasil, de sua gente, da natureza, da educação, da saúde, da justiça. Esse cuidado é a prova de que amamos o nosso pais.
11. Uma das marcas do povo brasileiro é sua capacidade de se relacionar com todo mundo, de somar, juntar, sincretizar e sintetizar. Por isso, ele não é intolerante nem dogmático. Gosta e acolhe bem os estrangeiros. Ora, esses valores são fundamentais para uma globalização de rosto humano. Estamos mostrando que ela é possível e a estamos construindo.
12. O Brasil é a maior nação neolatina do mundo. Temos tudo para sermos também a maior civilização dos trópicos, não imperial, mas solidária com todas as nações, porque incorporou em si representantes de 60 povos que para aqui vieram. Nosso desafio é mostrar que o Brasil pode ser, de fato, um pedaço do paraíso que não se perdeu.
sexta-feira, novembro 18, 2011
O CORRUPTO
Manifestações públicas em várias cidades exigem o fim do voto secreto no Congresso; o direito de o CNJ investigar e punir juízes; a vigência da Ficha Limpa nas eleições de 2012; e o combate à corrupção na política.
Por que há tanta corrupção no Brasil? Temos leis, sistema judiciário, polícias e mídia atenta. Prevalece, entretanto, a impunidade – a mãe dos corruptos. Você conhece um notório corrupto brasileiro? Foi processado e está na cadeia?
O corrupto não se admite como tal. Esperto, age movido pela ambição de dinheiro. Não é propriamente um ladrão. Antes, trata-se de um requintado chantagista, desses de conversa frouxa, sorriso amável, salamaleques gentis. Anzol sem isca peixe não belisca.
O corrupto não se expõe; extorque. Considera a comissão um direito; a porcentagem, pagamento por serviços; o desvio, forma de apropriar-se do que lhe pertence; o caixa dois, investimento eleitoral. Bobos aqueles que fazem tráfico de influência sem tirar proveito.Há vários tipos de corruptos.
O corrupto oficial se vale da função pública para extrair vantagens a si, à família e aos amigos. Troca a placa do carro, embarca a mulher com passagem custeada pelo erário, usa cartão de crédito debitável no orçamento do Estado, faz gastos e obriga o contribuinte a pagar. Considera natural o superfaturamento, a ausência de licitação, a concorrência com cartas marcadas.
Sua lógica é corrupta: “Se não aproveito, outro sai no lucro em meu lugar”. Seu único temor é ser apanhado em flagrante. Não se envergonha de se olhar no espelho, apenas teme ver o nome estampado nos jornais e a cara na TV.
O corrupto não tem escrúpulo em dar ou receber caixas de uísque no Natal, presentes caros de fornecedores ou patrocinar férias de juízes. Afrouxam-no com agrados e, assim, ele relaxa a burocracia que retém as verbas públicas.
Há o corrupto privado. Jamais menciona quantias, tão somente insinua. É o rei da metáfora. Nunca é direto. Fala em circunlóquios, seguro de que o interlocutor sabe ler nas entrelinhas.
O corrupto “franciscano” pratica o toma lá, dá cá. Seu lema: “quem não chora, não mama”. Não ostenta riquezas, não viaja ao exterior, faz-se de pobretão para melhor encobrir a maracutaia. É o primeiro a indignar-se quando o assunto é a corrupção.
O corrupto exibido gasta o que não ganha, constrói mansões, enche o pasto de bois, convencido de que puxa-saquismo é amizade e sorriso cúmplice, cegueira.
O corrupto cúmplice assiste ao vídeo da deputada embolsando propina escusa e ainda finge não acreditar no que vê. E a absolve para, mais tarde, ser também absolvido.
O corrupto previdente fica de olho na Copa do Mundo, em 2014, e nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Sabe que os jogos Pan-americanos no Rio, em 2007, orçados em R$ 800 milhões, consumiram R$ 4 bilhões.
O corrupto não sorri, agrada; não cumprimenta, estende a mão; não elogia, incensa; não possui valores, apenas saldo bancário. De tal modo se corrompe que nem mais percebe que é um corrupto. Julga-se um negocista bem-sucedido.
Melífluo, o corrupto é cheio de dedos, encosta-se nos honestos para se lhe aproveitar a sombra, trata os subalternos com uma dureza que o faz parecer o mais íntegro dos seres humanos.
Enquanto os corruptos brasileiros não vão para a cadeia, ao menos nós, eleitores, ano que vem podemos impedi-los de serem eleitos para funções públicas.
segunda-feira, novembro 14, 2011
NÃO CORRA, NÃO MATE, NÃO MORRA
Nas últimas semanas, a mídia registrou inúmeros casos de acidentes de
trânsito com mortes, provocadas por motoristas embriagados. Foram
presos e, graças à fiança, em seguida soltos. Detalhe: sem que suas
carteiras de motoristas tenham sido apreendidas. Alguns, aliás, nem
possuíam habilitação para dirigir.
O Brasil é o país da impunidade. As leis são feitas apenas para os pobres – que não têm dinheiro para pagar advogados e fianças. Da classe média para cima, nenhum assassino do volante se encontra preso. Nem condenado em última instância. São 57 mortes por dia, no Brasil, associadas ao alcoolismo. Vale, pois, a pergunta: quem é a próxima vítima?
O Brasil é também o país do paradoxo. Há intensa campanha contra o tabagismo. Daqui a pouco haverão de proibir, como nos EUA, até fumar em local público. E, não demora, dentro de casa, sob pretexto de que incomoda os vizinhos…
A publicidade de cigarros desapareceu da mídia. As embalagens de tabaco trazem fotos horripilantes dos efeitos deletérios do produto. Ora, o alcoolismo mata mais que o tabagismo. É o terceiro fator de morte no mundo, precedido pelo câncer e doenças cardíacas. Por que não se proíbe publicidade de bebidas?
Apenas na cidade de São Paulo, em 2010 ocorreram 1.357 mortes no trânsito e 7.007 atropelamentos. O número de motoristas embriagados, parados em blitzen da PM, subiu 38% de janeiro a setembro deste ano, comparado a todo o ano de 2010. Entre jovens de 13 a 19 anos envolvidos em acidentes de trânsito, 45% ingeriram bebida alcoólica.
Os dados são alarmantes: 68,7% dos brasileiros ingerem álcool. Nos hospitais psiquiátricos, 90% das internações são de dependentes de álcool. Os motoristas bêbados são responsáveis por 65% dos acidentes de trânsito. E o Ministério da Saúde gasta, por ano, via SUS, mais de R$ 1 bilhão em tratamentos e internações causados por álcool.
Segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas e Psicotrópicos, vinculado à Faculdade Paulista de Medicina, entre estudantes do primeiro e segundo graus da rede estadual de São Paulo, 70,4% se iniciam na bebida entre 10 e 12 anos. Nos EUA o índice, para a mesma faixa etária, é de 50,2%.
Volta a pergunta que não quer calar, e o governo, o Conar e as agências de publicidade não querem responder: por que não se aplicam as leis de proibição do tabagismo ao álcool?
A resposta existe, o que não existe é a coragem de fechar a torneira do mar de dinheiro que as empresas de bebidas alcoólicas despejam na publicidade. E o mais grave: associa-se álcool a celebridades, como jogadores de futebol e cantores, que fascinam os mais jovens e atraem legião de fãs.
Uma grande emissora de TV anuncia uma série de programas antitabagistas. Quando veremos algo semelhante em relação ao consumo de álcool?
Nunca tive notícia de acidentes de trânsito causados pelo vício de fumar, agressão doméstica decorrente da aspiração da fumaça de tabaco, internação psiquiátrica por dependência de cigarro. Todos nós, porém, conhecemos casos relacionados ao alcoolismo. E haja publicidade de cerveja no horário nobre! Para os jovens, a cerveja é a porta de entrada no consumo de bebidas etílicas.
O cigarro prejudica quem fuma e quem está próximo ao fumante. O álcool, misturado com volante, gera acidentes que envolvem passageiros do veículo causador do acidente, passageiros dos veículos atingidos por ele e pedestres, além de danos à via pública.
Álcool em excesso transtorna os reflexos. Associado ao volante, é perigo na certa. Mas não se preocupe. Você está no Brasil. Confia que jamais terá o azar de ser parado por uma blitz da lei seca. Se acontecer, oferecerá uma grana aos fiscais, na esperança de que sejam corruptos. Caso não sejam, se recusará a pôr a boca no bafômetro. Se for detido, convocará a família e o advogado, pagará fiança e logo estará na rua. Com a carteira de habilitação no bolso. Pronto para se dependurar no volante e repetir a façanha.
Viva o Brasil e a impunidade! E azar das vítimas por viverem num país como o nosso!
O Brasil é o país da impunidade. As leis são feitas apenas para os pobres – que não têm dinheiro para pagar advogados e fianças. Da classe média para cima, nenhum assassino do volante se encontra preso. Nem condenado em última instância. São 57 mortes por dia, no Brasil, associadas ao alcoolismo. Vale, pois, a pergunta: quem é a próxima vítima?
O Brasil é também o país do paradoxo. Há intensa campanha contra o tabagismo. Daqui a pouco haverão de proibir, como nos EUA, até fumar em local público. E, não demora, dentro de casa, sob pretexto de que incomoda os vizinhos…
A publicidade de cigarros desapareceu da mídia. As embalagens de tabaco trazem fotos horripilantes dos efeitos deletérios do produto. Ora, o alcoolismo mata mais que o tabagismo. É o terceiro fator de morte no mundo, precedido pelo câncer e doenças cardíacas. Por que não se proíbe publicidade de bebidas?
Apenas na cidade de São Paulo, em 2010 ocorreram 1.357 mortes no trânsito e 7.007 atropelamentos. O número de motoristas embriagados, parados em blitzen da PM, subiu 38% de janeiro a setembro deste ano, comparado a todo o ano de 2010. Entre jovens de 13 a 19 anos envolvidos em acidentes de trânsito, 45% ingeriram bebida alcoólica.
Os dados são alarmantes: 68,7% dos brasileiros ingerem álcool. Nos hospitais psiquiátricos, 90% das internações são de dependentes de álcool. Os motoristas bêbados são responsáveis por 65% dos acidentes de trânsito. E o Ministério da Saúde gasta, por ano, via SUS, mais de R$ 1 bilhão em tratamentos e internações causados por álcool.
Segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas e Psicotrópicos, vinculado à Faculdade Paulista de Medicina, entre estudantes do primeiro e segundo graus da rede estadual de São Paulo, 70,4% se iniciam na bebida entre 10 e 12 anos. Nos EUA o índice, para a mesma faixa etária, é de 50,2%.
Volta a pergunta que não quer calar, e o governo, o Conar e as agências de publicidade não querem responder: por que não se aplicam as leis de proibição do tabagismo ao álcool?
A resposta existe, o que não existe é a coragem de fechar a torneira do mar de dinheiro que as empresas de bebidas alcoólicas despejam na publicidade. E o mais grave: associa-se álcool a celebridades, como jogadores de futebol e cantores, que fascinam os mais jovens e atraem legião de fãs.
Uma grande emissora de TV anuncia uma série de programas antitabagistas. Quando veremos algo semelhante em relação ao consumo de álcool?
Nunca tive notícia de acidentes de trânsito causados pelo vício de fumar, agressão doméstica decorrente da aspiração da fumaça de tabaco, internação psiquiátrica por dependência de cigarro. Todos nós, porém, conhecemos casos relacionados ao alcoolismo. E haja publicidade de cerveja no horário nobre! Para os jovens, a cerveja é a porta de entrada no consumo de bebidas etílicas.
O cigarro prejudica quem fuma e quem está próximo ao fumante. O álcool, misturado com volante, gera acidentes que envolvem passageiros do veículo causador do acidente, passageiros dos veículos atingidos por ele e pedestres, além de danos à via pública.
Álcool em excesso transtorna os reflexos. Associado ao volante, é perigo na certa. Mas não se preocupe. Você está no Brasil. Confia que jamais terá o azar de ser parado por uma blitz da lei seca. Se acontecer, oferecerá uma grana aos fiscais, na esperança de que sejam corruptos. Caso não sejam, se recusará a pôr a boca no bafômetro. Se for detido, convocará a família e o advogado, pagará fiança e logo estará na rua. Com a carteira de habilitação no bolso. Pronto para se dependurar no volante e repetir a façanha.
Viva o Brasil e a impunidade! E azar das vítimas por viverem num país como o nosso!
segunda-feira, novembro 07, 2011
UMBRAL
Segundo o Novo Aurélio – O Dicionário da
Língua Portuguesa–, a palavra umbral foi tomada do espanhol e significa
soleira, limiar, entrada, ou seja, a faixa mínima de piso que se acha entre as
laterais de uma porta, portão ou passagem, e serve de limite entre um cômodo e
outro numa construção.
No entanto, do ponto de vista espiritual, umbral é uma região do astral inferior, um zona obscura onde habitam espíritos desencarnados endividados, perturbados, desequilibrados e revoltados de toda espécie. A palavra difundiu-se muito e equivale ao inferno e purgatório dos católicos.
O umbral é uma faixa de freqüência vibratória a que se ligam os espíritos desequilibrados, cujos interesses, desejos, pensamentos e sentimentos têm afinidade.
De acordo com a Lei da Afinidade – uma das leis universais –, os espíritos se atraem por afinidade daquilo que pensam e sentem. Isso ocorre tanto no mundo espiritual quanto no mundo terreno.
Por conta disso, no umbral há regiões onde os espíritos se agrupam por afinidade, formando regiões vibratórias específicas, como o Vale dos suicidas, dos drogados, dos que sofrem de distúrbios psíquicos, de desequilíbrios sexuais, etc.
Há regiões também no umbral onde abortados e aborteiros vivem lado a lado na faixa vibratória de seus atos.
No entanto, apesar de toda perturbação e desequilíbrio dos habitantes das trevas, há disciplina, organização e hierarquia no umbral cujas lideranças são constituídas de seres inteligentes que arquitetam muito bem seus métodos visando atingir seus propósitos – prejudicar seus semelhantes encarnados e/ou desencarnados.
No entanto, do ponto de vista espiritual, umbral é uma região do astral inferior, um zona obscura onde habitam espíritos desencarnados endividados, perturbados, desequilibrados e revoltados de toda espécie. A palavra difundiu-se muito e equivale ao inferno e purgatório dos católicos.
O umbral é uma faixa de freqüência vibratória a que se ligam os espíritos desequilibrados, cujos interesses, desejos, pensamentos e sentimentos têm afinidade.
De acordo com a Lei da Afinidade – uma das leis universais –, os espíritos se atraem por afinidade daquilo que pensam e sentem. Isso ocorre tanto no mundo espiritual quanto no mundo terreno.
Por conta disso, no umbral há regiões onde os espíritos se agrupam por afinidade, formando regiões vibratórias específicas, como o Vale dos suicidas, dos drogados, dos que sofrem de distúrbios psíquicos, de desequilíbrios sexuais, etc.
Há regiões também no umbral onde abortados e aborteiros vivem lado a lado na faixa vibratória de seus atos.
No entanto, apesar de toda perturbação e desequilíbrio dos habitantes das trevas, há disciplina, organização e hierarquia no umbral cujas lideranças são constituídas de seres inteligentes que arquitetam muito bem seus métodos visando atingir seus propósitos – prejudicar seus semelhantes encarnados e/ou desencarnados.
Não obstante isso, o umbral é
necessário para o bem do próprio espírito desencarnado, para que o mesmo possa
se libertar de energias tóxicas e, quando for resgatado das trevas e
encaminhado ao Astral Superior, ao plano espiritual de Luz, não venha a
desequilibrar o seu ambiente saudável.
É importante esclarecer também que o umbral não é um local de punição ou
banimento, mas uma região para tratamento, onde os espíritos profundamente
desequilibrados encontram um meio para suas aprendizagens e curas.
Não se justifica que hoje, com todo o
conhecimento que a humanidade
possui, ainda se possa entender Deus
na forma como vem sendo apresentado desde Moisés.
Quem lê o Antigo
Testamento, sem preconceitos, percebe como em inúmeros momentos ele vibra com a
força do açoite, da espada e da vingança, mostrando um Deus parcial,
contraditório, quase sempre irado, às vezes furioso, injusto, rancoroso e
cruel. Também se apresenta em diversas ocasiões à semelhança de um aprendiz de
Criador, fazendo experiências, sem saber exatamente o que delas surgirá.
Logo no primeiro
capítulo da Bíblia, em Gênesis, versículos três e quatro, se diz o seguinte:
“Disse Deus: haja luz; e houve luz. E viu Deus que a luz era boa.”
Ora, será que Deus
não sabia que a luz é algo bom? Viveria Ele nas trevas?
Da mesma forma, após cada ato da
criação, conforme a Bíblia, Deus teria observado que aquela ação resultara em
algo bom e ao final, depois de tudo pronto, Ele foi examinar para ver se tudo
que havia criado estava perfeito.
Reflitamos por instantes sobre a
grandeza do universo, a infinidade de galáxias que se perdem na imensidão
cósmica; sobre a estrutura do nosso planeta, a natureza, onde todos os
elementos se conjugam com perfeição absoluta, para possibilitar a vida... Se
pensarmos no ser humano, na perfeição da máquina que é o seu corpo, na fabulosa
estrutura do seu cérebro, no insondável de sua mente, do seu psiquismo...
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