Revelação de janeiro
Era uma tarde de domingo, verão, já final de janeiro, estou em casa sozinho tranqüilo, boa musica ouvindo, relaxado no corpo inteiro.
Um segundo depois ,me vejo aflito, tenho palpitação, de repente sinto acelerar meu coração, meu corpo estremeceu, minha pele arrepiou-se completamente, vejo um anjo cinza,caído ao meu redor, triste perto de mim, pressentiu-me com o perigo a espreitar-me com a morte, o mal estava a nos odiar, era como sentir a fragrância de um perfume no ar.
Esta historia começa assim, convido você a ler, e a acompanhar o que este dia veio a nos revelar, para minha parceira e para mim.
Sinto aquela repentina angustia entrar pelo meu ser, sem explicação, estava em paz comigo mesmo, em casa, sem nenhuma razão, de repente vem aquela aflição.
Nessa cena de tormento e de terror descrita acima, começo a orar, procuro ouvir uma melodia, para me acalmar, em segundos, no virtual em graves, começa a tocar em ópera a Ave Maria, a comoção tomou conta de mim, e de todo aquele lugar.
Sinto-me levitar, e uma luz esplendida ilumina o nosso lar, aquele anjo triste e cinza, o socorro de um anjo divino estava a ampará-lo com zelo.
O cordeiro desgarrado insiste em pecar, enganado no erro das paixões, anda no escuro, vive como um cego a tatear, imitando o poeta, que se finge sofrer, e da dor de outros passa em escrita o que outros devem ler.
Vejo meu corpo de cima, inclinado a rezar, aquela luz forte me cegou por alguns instantes, quando recuperei a visão, vi que me transportei com par de olhos de vidros, posso ver cada detalhe da rua, cada instante, o mato na calçada, até a mão no volante, luz dos olhos de vidros que me deu o poder, para melhor enxergar.
A escada do acesso a casa estranha, com portas largas, e muita gente com máscaras a festejar como publicanos, com façanhas, pude ver ao abrir a porta larga, que a maldade veio a revelar-se, chegando à cozinha, avistei um ser, escuro, deformado, com olhos avermelhados, o pai do pecado, ali faz-se sua morada, uma cena de horror que não suportei, e por Cristo clamei; Perdão aquele ser das trevas, em prantos, imediatamente voltei ao nosso lar, parei de rezar e apenas a Ave Maria, ainda em ecos pelo ar.
Vejo no relógio, 18:18 hs, cravado.
Pouco tempo se passou, e minha mulher retornou para casa, dizia-se muito pouco lembrar, daquele encontro familiar.
Esta narrativa poderia terminar assim, mas ainda não terminou, porque não sabíamos como agora sabemos, que tudo aquilo apenas começou.
O mundo começava agora, que nós apenas começamos, isso não foi o fim.
Depois desse momento, (como eu já havia dito a ela, quando acordamos naquela manhã, sem ainda saber - na mesa do café - confiei-lhe um sonho, apenas disse: Prepara-te, NG, hoje às 18:00 hs, teremos visitas que vem de longe)...E rimos depois...
Quando chegou em casa, ela de imediato, percebeu algo de estranho, e passei a narrar cada detalhe, tudo, até os pesos e os tamanhos, o que senti, e o que me fez chorar, até o cheiro que vinha pelo ar daquele recinto, disse o que vi, nos olhos insanos, irmãos em enganos e o que é feio do pecado.
Ela chorou comigo, e percebeu um ente antigo, um presente divino, que um dia lhe deu um abrigo, ele a consolou, e nos seus olhos, fitou com saudades no olhar.
Fomos todos comovidos aquela noite em nosso lar, um Espírito Santo veio nos visitar.
Na instrução o inicio, o caminho do mar, estrada reta com flores, num dia lindo para contemplar, dirigindo-se ao norte o mundo em vertical para analisar, em busca do portal ou da cidade celestial.
A gente que enfrenta o mal, a gente se sente melhor, quando estamos de frente ao mar.
Chegamos com antecedência, fomos convidados para assistir um confronto e tínhamos muito tempo, tínhamos todo o tempo do mundo.
No dia seguinte, curtimos a praia e tudo que um dia ensolarado pôde nos oferecer ,esperamos pelos ponteiros, e o sol se adiantarem, eu passei as horas pensando, ansioso por tudo que estava por acontecer.
Ao entardecer, o sol teimava em se pôr, céu aberto, muito calor, diria escaldante, como o deserto para atravessar, iniciamos a jornada rumo ao grande encontro, os pés descalços, na areia quente, que me doía e me queimava, no rosto muito suor, que escorria, e entrava nos meus olhos é como o sal que me ardia.
Quando já não suportava mais, ela me amparou, no meu rosto jorrou água fresca e doce, ah, que alivio imediato, a minha cabeça cobriu com sua saída de banho, e aliviou aquele calor, que me consumia.
A carga do caminhão tombado no canto da estrada, era como as lagrimas, seu carvão consome o que alimenta o seu fogo, vi olhares tristes, e tristonhos eram quem os seguiam, viviam estacionados.
Para que tanto orgulho, inveja, pobreza de espíritos, ódio no coração, para que?
Se quando o mal acontece ninguém sabe dizer, porquê?
No encontro marcado uma guerra entre o bem e o mal. onde o mau volta ao inicio do seu reino animal, como a besta.
Assim é consumado: "Dê a Cesar, o que pertencer a Cesar"
Ouço um chamado, uma voz familiar, alguém a me abraçar, acordo assustado, ainda ouço o barulho do mar , minha mulher me chamando para despertar.
Era domingo, um dia espetacular, me disse com carinho, o café esta na mesa é só levantar, temos um compromisso e não podemos nos atrasar.
Ao sentar na mesa para o café da manhã, comecei a dizer, esta noite tive um sonho, onde me diziam, que hoje as 18: 00 hs chegariam visitas no nosso lar... e sorrimos!
Ela me respondeu; Engraçado, sonhei igual ao sonho seu! com esses pesos e esses tamanhos.
Passei a refletir naquela manhã de domingo, enquanto a esperava se aprontar;
Se um sonho só, é só um sonho, um sonho à dois não é só um sonho, ele torna-se real, se essa história é um sonho ou realidade, ainda não notei, só sei o que passei. o que sofri e o que chorei.
PS: Parte desta história foi escrita à quatro mãos, e pela maior participação agradecimentos a minha mulher pela REVELAÇÃO.