Há um mundo carregado de mistérios diante de nós e de como
realmente somos, dos segredos que habitam no nosso invisível, o funcionamento
da engenhosa maquina divina, das suas engrenagens que movimentam todos os sistemas
celestiais, do micro ao macro.
Nos últimos tempos tenho estudado sobre a época que viveu
Júlio César, o Imperador, para postar “O Egito que existiu em mim a.C”, depois li
sobre Física e Astronomia, aprendendo sobre a "Partícula de Deus", bóson de Higgs
a partícula escura, que me levou ao interesse pela "VY Canis Majores" uma hiper-estrela
que compõe o sistema da via láctea, capaz de fazer do sol uma estrela anã, postarei
brevemente, isso tudo ampliou um pouco
mais os horizontes dos meus limites, expandindo também as fronteiras do meu
pensamento, transportando-me além da imaginação, faz adiantar-me ao tempo ou
retroceder à era primitiva quando o homem partiu do pobre instinto e evoluiu ao longo
de suas gerações pelos sentimentos.
O homem ganhou o seu livre arbítrio, dominou o fogo e civilizou
seus instintos, aprendeu a caçar e pescar para saciar a sua fome e observando o
ambiente que vivia, começou a pensar, foi assim que diferenciou sua espécie entre
os demais animais, construiu ferramentas e utensílios para auxiliar o seu
dia-a-dia, desenvolveu técnicas e inventou armadilhas, assim facilitou sua sobrevivência,
entre todos feitos, esta é uma técnica de caça empregada que considero de grande psicologia; - No
fundo de um pote de boca estreita, os primitivos colocavam uma banana bem maior
que a saída da boca e o amarravam à uma árvore, ficando a distancia observando,
isso atraia sempre a curiosidade dos macacos, que ao olharem dentro do pote
viam a grande banana, e por instinto também, agarravam depressa aquele alimento,
mas encontravam ali um grande problema, a banana não podia sair do pote
atravessada, e os macacos não desgarravam de jeito nenhum, tornando-se assim
uma presa fácil para capturar, por suas ganâncias e por suas teimosias
alienadas, alimentaram muitos humanos famintos.
Assim chegamos à era da tecnologia, onde a informação está ao
alcance de apenas um dedo, o mundo mudou e a humanidade também, é inegável, mas
mesmo hoje depois de toda evolução das civilizações muitos humanos passam a
sucumbir agarrados a um pote que contém algo do seu desejo e, não é capaz de desgarrar
da casa, do carro e do dinheiro que possuem nos fundos, cada um tem no próprio pote a banana que mais
lhe atrai e, muitos são capazes de dar a própria vida ao ter que largar ou
livrar-se da armadilha da ambição, dos labirintos que expõem à obsessão, sendo
assim, mais uma presa fácil; Ações que movimentam as causas terríveis do homem e
convém examinar se não é vitima dessas energias perniciosas que muitas vezes habitam
o coração da criatura, cegando-a para a compreensão da luz de Deus.
Contra esses elementos destruidores é preciso um novo gênero
de entendimento, que constitui em quebras de paradigmas, conceitos e
principalmente os preconceitos que tem origem da fé, no esforço e na boa
vontade; Quem procura encontrar harmonia e paz de espírito, deve se reportar
necessariamente as correntes mentais. "O pensamento é à base de tudo"; Quando
emitimos um pensamento, colocamos um agente energético em circulação no
organismo da vida imediata; Esse agente retornará fatalmente à nós acrescidos
do bem ou do mal de que o revestimos.
Salientando-se que o pensamento é a alavanca de ligação,
para o bom e para o mau e isso foi estabelecido como fenômenos que podem atingir-nos
em qualquer condição ou em qualquer tempo; A mente pode ser comparada ao espelho
vivo que reflete às imagens que procura, cenas que são projetadas na tela mental; Inegável
também que todos carregamos ainda do pretérito ao presente, enormes cargas de
defeitos, e as correntes mentais são tão evidentes quanto às energias elétricas,
carregadas de potencias em energias que emitimos na direção, no propósito ou
vontade individual, cada um de nós é um acumulador por si, retendo as forças
iguais àquelas construtivas ou destrutivas que geramos, desejos, palavras, atitude
e ação no fenômeno de criar, exteriorizando no rumo e na condição de
semelhante.
Todas as manifestações de sentimentos primitivos, quais
sejam, a calunia e a maledicência, a cólera e o ciúme, a censura e o sarcasmo, a
intemperança e a licenciosidade, estabelecem assim a comunicação espontânea com os
poderes que representam nos conceitos inferiores da natureza, criando sempre distonias
e enfermidades em que se levantam fobias e fixações, desequilíbrios e
psicoses, em casos adiantados evoluem para a alienação mental declarada.
Compreendendo-se que cada um de nós possuímos pontos vulneráveis
e deficitários que ainda nos encontramos, toda vez que o mau se associe a essa
ou àquela idéia emitida, receberemos o mal de volta a nós mesmos, agravando-se doenças
e fraquezas, obsessões e paixões delirantes; consagremo-nos à construção do bem de todos em comum,,
a cada dia e a cada hora, porquanto, caminhamos entre espíritos nobres e os
desequilibrados, sejam eles vivos ou mortos, isso será sempre uma questão de escolhas e
sintonias de acordo com o seu próprio livre arbítrio.
Não sendo os Espíritos mais que alma dos homens, é claro que
há Espíritos antes mesmo de existir os homens, por conseguinte, desde todos os
tempos eles exerceram influencia salutar ou perniciosa sobre a humanidade, a
faculdade mediúnica não lhes é mais que um meio de se manifestarem, em falta
dessa faculdade, fazem-no por mil outras maneiras, mais ou menos ocultas, seria
erróneo crê-se que só por meio das escritas e verbais exercem os Espíritos sua
influencia.
Esta influencia é de todos os instantes e mesmo os que não
se ocupam com os Espíritos, ou até não crêem na sua existência, estão expostos
a sofrê-la, como os outros e mesmo mais que os outros, pois não tem com que a
contrabalancem, a mediunidade é uma maneira do Espírito se fazer conhecido, se
ele é mau, sempre se trai, por mais hipócrita que seja, pode se dizer que a
mediunidade permite que se veja o inimigo face a face, se assim posso me
exprimir, e combatê-lo com suas próprias armas, sem essa faculdade, ele age na
sombra e, tendo a seu favor a invisibilidade, pode fazer e faz realmente muito
mal.
Aos quantos atos não é o homem impelido, para sua desgraça e
que teria evitado se dispusesse de um meio de esclarecerem-se, os incrédulos não
imaginam enunciar uma verdade, quando dizem de um homem que se transvia
obstinadamente é o seu mau gênio que o impele a própria perda, assim o
conhecimento do Espírito longe de facilitar o predomínio dos maus espíritos, há
de ter como resultado em tempo mais ou menos próximo, e quando se achar
propagado, virá a destruir esse predomínio dando a cada um os meios de se pôr
em guarda contra sugestões maliciosas, aquele que sucumbir, só de si terá que se
queixar.
Pessoas nervosas, desequilibradas, são suscetíveis do bem
que se desprende, são carentes de auxilio como os quais que exigem
recolhimento, paciência, afetividade, clima de prece na esfera da lucidez mental,
não raro, em pleno serviço de socorro aos desencarnados, soam alarmes
solicitando atendimento aos membros da esfera física, que se desequilibram
facilmente, deixando-se anestesiar pelos tóxicos do sono fisiológico ou pelas interferências
da hipnose espiritual interior.
Claro que não será possível concordância com todos os pontos abordados
e formulados aqui, no entanto não é justo reclamar-lhe entendimento normal do
que se acha talvez longe de possuir, o problema, porém, não se limita à
influencia espiritual dos adversários que nos escravizam na onda psíquica, mas
principalmente, diz respeito à nós mesmos.
À vista de semelhantes considerações, toda vez que o
sentimento nos desgoverne o curso seguido, procuremos assumir com segurança o leme do
barco dos nossos pensamentos, na maré de provações da existência, na paz da
meditação e no silencio da prece.
Através do autocontrole, vigiaremos a porta de nossas manifestações,
barrando gestos e palavras desaconselháveis, e, com auxilio da fé, faremos luz
para entender o que há conosco, de maneira a impelir a própria queda em alienação
e tumulto.