sexta-feira, julho 29, 2011

LEI UNIVERSAL



Que se deve entender por lei natural?
“A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de fazer e ele só é infeliz quando dela se afasta.”
É eterna a lei de Deus?
“Eterna e imutável como o próprio Deus.”
Será possível que Deus em certa época haja prescrito aos homens o que noutra época lhes proibiu?
“Deus não se engana. Os homens é que são obrigados a modificar suas leis, por imperfeitas.
As de Deus, essas são perfeitas; A harmonia que reina no universo material, como no universo moral, se funda em leis estabelecidas por Deus desde toda a eternidade.”
As leis divinas, que é o que compreendem no seu âmbito? Concernem a alguma outra coisa, que não somente ao procedimento moral?
“Todas as da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o autor de tudo.
O sábio estuda as leis da matéria, o homem de bem estuda e pratica as da alma.”
— Dado é ao homem aprofundar umas e outras?
“É, mas uma única existência não lhe basta para isso.”
Efetivamente, que são alguns anos para a aquisição de tudo o de que precisa o ser, a fim de se considerar perfeito, embora apenas se tenha em conta a distancia que vai do selvagem ao homem civilizado?
Insuficiente seria, para tanto, a existência mais longa que se possa imaginar; Ainda com mais forte razão o será quando curta, como é para a maior parte dos homens.
Entre as leis divinas, umas regulam o movimento e as relações da matéria bruta: as leis físicas, cujo estudo pertence ao domínio da Ciência.
As outras dizem respeito especialmente ao homem considerado em si mesmo e nas suas relações com Deus e com seus semelhantes.
Contêm as regras da vida do corpo, bem como as da vida da alma: são as leis morais.
São as mesmas,  para  todos os mundos,  as  leis divinas?
“A razão está a dizer que devem ser apropriadas à natureza de cada mundo e adequadas ao grau de progresso dos seres que os habitam.”

A todos os homens facultou  Deus os meios de conhecerem sua lei?
“Todos podem conhecê-la, mas nem todos a compreendem. Os homens de bem e os que se decidem a
investigá-la são os que melhor a compreendem. Todos, entretanto, a compreenderão um dia, porquanto forçoso é que o progresso se efetue.”
A justiça das diversas encarnações do homem é uma conseqüência deste princípio, pois que, em cada nova existência, sua inteligência se acha mais desenvolvida e ele compreende melhor o que é bem e o que é mal. Se numa só existência tudo lhe devesse ficar ultimado, qual seria a sorte de tantos milhões de seres que morrem todos os dias no embrutecimento da selvageria, ou nas trevas da ignorância, sem que deles tenha dependido o se instruírem?
Antes de se unir ao corpo, a alma compreende melhor a lei de Deus do que depois de encarnada?
“Compreende-a de acordo com o grau de perfeição que tenha atingido e dela guarda a intuição quando unida ao corpo. Os maus instintos, porém, fazem ordinariamente que o homem a esqueça.”
 Onde está escrita a lei de Deus?
“Na consciência.”
— Visto que o homem traz em sua consciência a lei de Deus, que necessidade havia de lhe ser ela revelada?
“Ele a esquecera e desprezara. Quis então Deus lhe fosse lembrada.”
Confiou Deus a certos homens a missão de revelarem a sua lei?
“Indubitavelmente. Em todos os tempos houve homens que tiveram essa missão. São Espíritos superiores, que encarnam com o fim de fazer progredir a Humanidade.”
Os que hão pretendido instruir os homens na lei de Deus não se têm enganado algumas vezes, fazendo-os
transviar-se por meio de falsos princípios?
“Certamente hão dado causa a que os homens se transviassem aqueles que não eram inspirados por Deus e que, por ambição, tomaram sobre si um encargo que lhes não fora cometido. Todavia, como eram, afinal, homens de gênio, mesmo entre os erros que ensinaram, grandes verdades muitas vezes se encontram.”
Qual o caráter do verdadeiro profeta?
“O verdadeiro profeta é um homem de bem, inspirado por Deus. Podeis reconhecê-lo pelas suas palavras e pelos seus atos. Impossível é que Deus se sirva da boca do mentiroso para ensinar a verdade.”
Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?
“Jesus.” Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava.
Encontrando respostas para muitas perguntas.
Em verdades vos digo!

segunda-feira, julho 25, 2011

PEDÁGIO "Suposta Corrupção"


O poder paralelo de Valdemar Costa Neto


Como o líder do PR montou um esquema no Ministério dos Transportes para se aproveitar de um orçamento de R$ 21 bilhões, cobrando propinas e superfaturando obras públicas

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O PADRINHO 
Ele tinha gabinete dentro do ministério e atendia empreiteiros com hora marcada
 
O deputado federal Valdemar Costa Neto (PR/SP) nunca foi ministro. Mas o cargo jamais chegou a lhe fazer falta para mandar, como pouca gente na República, num ministério inteiro. Nos Transportes, “Boy”, como Valdemar é chamado pelos amigos, reinou durante oito anos e meio. Ali ele era o padrinho. Despachava do gabinete do sexto andar, tinha assessores à disposição e recebia empreiteiros com hora marcada. Transitava pelo ministério com a desenvoltura de quem passeava pelas ruas pacatas de sua Mogi das Cruzes, a cidade de 387 mil habitantes, no interior paulista, onde sua família fincou poder. Desde que a pasta foi entregue ao Partido Republicano, Valdemar usou o orçamento, que pode chegar a R$ 21 bilhões, conforme os interesses de seus apadrinhados, engordando as contas da legenda e cooptando mais parlamentares. Isso era feito especialmente por meio do superfaturamento de contratos de obras públicas em rodovias e ferrovias de todo o País. 


Agora se sabe que a cobrança de propina tornou-se mais voraz – o que acabou chamando a atenção do Palácio do Planalto – desde janeiro passado. O objetivo era cobrir um rombo milionário nas contas de campanha. O PR encerrou a eleição de 2010 com uma dívida oficial de R$ 41,3 milhões, mas fontes do próprio partido garantem que esse valor é pelo menos três vezes maior. Com apoio do amigo e ex-ministro Alfredo Nascimento, com quem costumava dividir passeios de barco pelo rio Amazonas, “Boy” criou no Ministério dos Transportes uma verdadeira central de arrecadação. Para cada grande obra aprovada pelo Dnit, a liberação da verba só acontecia após o chamado “acerto político”, que na prática consistia na cobrança de uma taxa de 2% a 5% sobre o valor do contrato. Os pagamentos aconteciam no próprio gabinete de Nascimento e em hotéis de Brasília e São Paulo. 


No gabinete paralelo do padrinho Valdemar, cada setor do Dnit tinha o seu correspondente no ministério para a reavaliação dos projetos. Além do encarecimento das obras, o esquema se tornou ainda mais escandaloso e evidente por uma questão burocrática. “Para executar um orçamento de R$ 21 bilhões, como o previsto para 2011, é preciso agilidade. O acerto político começou a atravancar a execução das obras”, disse à ISTOÉ um ex-membro da cúpula do ministério. O diretor afastado do Dnit, Luiz Antônio Pagot, um dos poucos indicados do PR fora da cota de Valdemar (Pagot é ligado a Blairo Maggi), já vinha reclamando dos atrasos em encontros com empresários. As queixas de Pagot chegaram aos ouvidos da presidente Dilma Rousseff, que então convocou a reunião com a cúpula dos Transportes, na qual determinou a intervenção na pasta. Desde lá, Dilma já demitiu 16 pessoas, entre funcionários do ministério e do Dnit, inclusive o ministro Alfredo Nascimento. Na sexta-feira 22, o petista Hideraldo Caron, diretor de infraestrutura rodoviária do Dnit, pediu demissão.


Para o deputado federal Fernando Francischini (PSDB/PR), as denúncias são graves e devem ser investigadas a fundo. “Precisamos instalar a CPI para descobrir como funcionava esse esquema de arrecadação, quanto foi desviado, quem participou e onde eram esses encontros”, afirma Francischini. Segundo ele, o afastamento dos funcionários do ministério ligados ao PR não resolve o problema. Tampouco elimina a influência de Valdemar na pasta. “O atual ministro, Paulo Sérgio Passos, é seu homem de confiança e conhecia o esquema. É como matar os ratos da casa, mas não dedetizá-la”, afirma o tucano.
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DÍVIDAS
Valdemar reúne bancada do PR para debater as finanças do partido
indicar amigos para cargos públicos que comandem cofres maiores que o de sua casa.
A turma de Valdemar esperneia por moderação, é claro. De saída, eles pretendem conter a faxina do governo, pedindo equiparação de corruptos e apontando o dedo para petistas que também atuam nos Transportes. “Queremos que haja uma balança igual para todos”, alega o líder do PR, deputado Lincoln Portela (MG). A orientação dentro do partido é conter a operação limpeza de Dilma e evitar que o PT assuma a pasta, que se tornou vital para a sobrevivência financeira e política do PR. Valdemar mostra as armas e alardeia que tem sob seu controle 63 deputados na Câmara. São 40 deputados do próprio PR e 23 das legendas nanicas PRB, PTdoB, PRTB, PRP, PHS, PTC e PSL. Trata-se, portanto, de uma bancada poderosa que o padrinho batizou de “partido único”, embora não haja entre seus membros nenhuma afinidade programática – a não ser a manutenção de determinado naco de poder. “Nosso compromisso é dentro da Câmara”, afirma Valdemar. Ao que tudo indica, trata-se de um compromisso mantido a custo de muito dinheiro público. “A corrupção nos Transportes é tamanha que não surpreende que essa crise esteja acontecendo”, afirma Lucas Furtado, procurador-geral do Ministério Público no TCU.

As ameaças de Valdemar parecem ter começado a surtir efeito na semana passada. O Planalto já orientou ministros para que trabalhem com o objetivo de esfriar o assunto da mídia. Assim, na quinta-feira 21, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, saiu a campo para relativizar as denúncias. Segundo ele, o orçamento bilionário de um ór­gão como o Dnit é que o tornaria vulnerável. “Supor que não haverá nenhum problema é uma coisa quase impossível”, disse o ministro. Até agora, a Polícia Federal não foi acionada. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, diz que vai esperar o parecer da CGU, embora a PF tenha autonomia.

O Planalto não tem intenção de azedar ainda mais a relação com o comandante do PR. Mais que os votos sob seu controle no Congresso, Valdemar Costa Neto interessa ao PT por conta do processo do mensalão. Ele e o deputado João Paulo Cunha são os únicos dos 36 réus com mandato parlamentar. Ou seja, são as únicas peças que fazem com que o processo do mensalão permaneça na órbita do Supremo Tribunal Federal. “Ninguém quer correr o risco de ser condenado”, afirma um cacique petista. Segundo ele, caso o processo avance nessa direção, Valdemar e Cunha, em comum acordo, renunciariam a seus mandatos, fazendo com que o mensalão volte à primeira instância e os crimes acabem prescrevendo. Valdemar é parceiro firme. Foi ele, em 2002, que articulou com José Dirceu e Delúbio Soares a indicação do empresário José Alencar como vice na chapa de Lula. Esse apoio não foi de graça. Custou, segundo admitiu o próprio deputado, R$ 10 milhões. Tudo pago com a intermedição do publicitário Marcos Valério, o que deu origem a boa parte das denúncias do mensalão.

Valdemar é um homem acostumado desde cedo ao poder. Seu pai, Valdemar Costa Filho, administrou Mogi da Cruzes por quatro mandatos, com mão firme e revólver na cintura. Com a ajuda dos militares e das boas relações com Paulo Maluf patrocinou obras que consolidaram seu poder local. “O Boy foi criado no colo do Maluf”, diz Delmiro Gouveia, presidente do diretório municipal do PPS. Inteligente e pragmático, Valdemar Costa Neto não coleciona desafetos. Prefere colecionar bens e levar uma vida de rico. Tem predileção por cassinos no Exterior. Sua ex-mulher Maria Christina Mendes Caldeira, que se separou de Boy num rumoroso processo, lembra que ele era generoso em mesas de bacarat: mais de uma vez torrou US$ 500 mil no cassino do hotel Conrad, em Punta del Este, no Uruguai. “O esquema de jogo dele é muito pesado. É um negócio absurdo”, contou Maria Christina à ISTOÉ. Segundo ela, Valdemar faz questão de acertar suas contas em espécie, evitando cartões ou cheque. “Na casa em que morávamos existia um cofre enorme”, conta ela. Com um estilo de vida assim, é possível compreender por que um cargo formal de ministro só atrapalharia Valdemar. Do jeito dele, é bem melhor
Quanto ao senhor ministro Paulo Bernardo, é impossível supor que entre administradores honestos qualquer valor de orçamento possa corrompe-los, nem mesmo entre os mais ambiciosos, nesta questão não é o valor milionário da receita, mas sim a falta de qualquer qualificação de moralidade que compõem o governo que VS representam 
Por Email. Isto é 

sexta-feira, julho 22, 2011

SUPONHO


No pais do supostamente suposto, toda evidencia se torna suposição DO SUPOSTO CRIME.
O prefeito Gilberto Kassab foi informado em março deste ano da existência de um esquema de cobrança de propina de políticos sobre a administração da Feira da Madrugada, que reúne 4.500 feirantes na região central da capital de São Paulo.
Kassab recebeu uma carta do empresário Geraldo de Souza Amorim, que comandou o espaço por cinco anos. Ele relatou ser alvo de chantagem, ameaça e cobrança de propina e citou políticos do PR como o deputado Valdemar Costa Neto.
Procurada pela reportagem, a assessoria do prefeito Gilberto Kassab confirmou o recebimento de carta enviada pelo empresário, mas disse que ele não a leu. Segundo informou, Kassab encaminhou o documento "à Corregedoria para apuração, assim como fizeram seus secretários".
De acordo com a prefeitura, a investigação das acusações já está em curso. "Se houver algum indício de crime, a Corregedoria irá repassar o caso à polícia", afirmou.
Reportagem publicada na quinta-feira pela Folha que o vereador Agnaldo Timóteo (PR) mandou carta em papel timbrado da Câmara Municipal de São Paulo a Geraldo, um antigo aliado, em que menciona cobrança de propina por "oportunistas" de seu partido e cita o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP).
Ainda na quinta-feira, o Ministério Público Federal determinou que a Polícia Federal abra um inquérito para apurar o conteúdo da carta do vereador Agnaldo Timóteo (PR). No requerimento enviado à PF para a abertura do inquérito, a Procuradoria indicou que seja ouvido, "com urgência", o vereador.








quarta-feira, julho 20, 2011

DEUS O CRIADOR


A crise atual não é apenas de escassez crescente de recursos e de serviços naturais. É fundamentalmente a crise de um tipo de civilização que colocou o ser humano como “senhor e dono” da natureza (Descartes). Esta, para ele, é sem espírito e sem propósito e por isso pode fazer com ela o que quiser.civilização
Segundo o fundador do paradigma moderno da tecnociência, Francis Bacon, cabe ao ser humano torturá-la, como o fazem os esbirros da Inquisição, até que ela entregue todos os seus segredos. Desta atitude se derivou uma relação de agressão e de verdadeira guerra contra a natureza selvagem que devia ser dominada e “civilizada”. Surgiu também a projeção arrogante do ser humano como o “Deus” que tudo domina e organiza.
Devemos reconhecer que o Cristianismo ajudou a legitimar e a reforçar esta compreensão. O Gênesis diz claramente: “enchei a Terra e sujeitai-a e dominai sobre tudo o que vive e se move sobre ela” (1,28). Depois se afirma que o ser humano foi feito “à imagem e semelhança de Deus” (Gn 1,26). O sentido bíblico desta expressão é: o ser humano é lugar-tenente de Deus e como Este é o senhor do universo, o ser humano é senhor da Terra. Ele goza de uma dignidade que é só dele, o de estar acima dos demais seres. Dai se gerou o antropocentrismo, uma das causas da crise ecológica. Por fim, o estrito monoteísmo retirou o caráter sagrado de todas as coisas e o concentrou só em Deus. O mundo, não possuindo nada de sagrado, não precisa ser respeitado. Podemos moldá-lo ao nosso bel-prazer. A modernacivilização da tecnociência encheu todos os espaços com seus aparatos e pôde penetrar no coração da matéria, da vida e do universo. Tudo vinha envolto pela aura do “progresso”, uma espécie de resgate do paraíso das delícias, outrora perdido, mas agora reconstruído e oferecido a todos.

Esta visão gloriosa começou a ruir no século XX com as duas guerras mundiais e outras coloniais que vitimaram duzentos milhões de pessoas. Quando se perpetrou o maior ato terrorista da história, as bombas atômicas lançadas sobre o Japão pelo exército norte-americano, que matou milhares de pessoas e devastou a natureza, a humanidade levou um susto do qual não se refez até hoje. Com as armas atômicas, biológicas e químicas construídas depois, nos demos conta de que não precisamos de Deus para concretizar o Apocalipse.
Não somos Deus e querer ser “Deus” nos leva à loucura. A idéia do homem como “Deus” se transformou num pesadelo. Mas ele se esconde ainda atrás do “tina” (there is no alternative) neoliberal: “não há alternativa, este mundo é definitivo.” Ridículo. Demo-nos conta de que “o saber como poder” (Bacon) quando feito sem consciência e sem limites éticos, pode nos autodestruir. Que poder temos sobre a natureza? Quem domina um tsunami? Quem controla o vulcão chileno Puyehe? Quem freia a fúria das enchentes nas cidades serranas do Rio? Quem impede o efeito letal das partículas atômicas do urânio, do césio e de outras liberadas, pelas catástrofes de Chernobyl e de Fukushima? Como disse Heidegger em sua última entrevista ao Der Spiegel: ”só um Deus nos poderá salvar”.
Temos que nos aceitar como simples criaturas junto com todas as demais da comunidade de vida. Temos a mesma origem comum: o pó da Terra. Não somos a coroa da criação, mas um elo da corrente da vida, com uma diferença, a de sermos conscientes e com a missão de “guardar e de cuidar do jardim do Eden” (Gn 2,15), quer dizer, de manter a condições de sustentabilidade de todos os ecossistemas que compõem a Terra.
Se partimos da Bíblia para legitimar a dominação da Terra, temos que voltar a ela para aprender a respeitá-la e a cuidá-la. A Terra gerou a todos. Deus ordenou: “Que a Terra produza seres vivos, segundo sua espécie”(Gn 1,24). Ela, portanto, não é inerte, é geradora e é mãe. A aliança de Deus não é apenas com os seres humanos. Depois do tsunami do dilúvio, Deus refez a aliança “com a nossa descendência e com todos os seres vivos” (Gn 9,10). Sem eles, somos uma família desfalcada.
A história mostra que a arrogância de “ser Deus”, sem nunca poder sê-lo, só nos traz desgraças. Baste-nos ser simples criaturas com a missão de cuidar e respeitar a Mãe Terra a DEUS, como o Pai Criador.
Por Email.

sábado, julho 16, 2011

O PALACIO DO CORRUptO


O governo Dilma experimenta um processo de temor – e terror- latente que pode explodir nesta terça-feira no Senado, durante o depoimento do diretor-geral do Denit, que por ora não saiu do órgão - apenas está em período de férias - Luis Antônio Pagot. O piso do Palácio do Planalto sofre tremores à semelhança ao de placas tectônicas em movimento, a anunciar um possível terremoto, que poderá vir acompanhado de um tsunami que tenderá a lavar a República podre dos larápios aboletados nos ministérios. Especialmente no de Transportes que representa o feudo do PR. Lá estão os gatunos produzidos em série por Valdemar da Costa Neto e seus cúmplices.

Todos são do conhecimento do governo, desde a época fértil de Lula que obsequiou o que de pior aconteceu nesses trópicos, muito além de Fernando Collor, a começar pelos seus “inocentes” mensaleiros cujas cabeças estão encomendadas ao Supremo pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

A procuradoria manteve e multiplicou os adjetivos constantes na denúncia que levou o STF a indiciar 40 corruptos (um inocentado), comandados, segundo a peça jurídica, por José Dirceu. O próprio Valdemar admite que cometeu crime, sim, mas o minimiza para o de  “caixa 2” nas campanhas, que imagina ele já estar prescrito.

Pode acontecer de tudo nesta terça feira. Pagot está disposto a falar, mapeando o caminho da roubalheira, tanto no ministério dos Transportes quanto nas obras do PAC, e, ainda, na ladroagem que, segundo ele, teria tido como palco o Paraná. Nesse ponto quer atingir atual ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ex-comandante do Planejamento na era Lula, e marido da atual chefe da Casa Civil.

Ontem, o ministro baiano Mario Negromonte, das Cidades, em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo” disse que a insatisfação se espraia na base aliada após a queda do PR do ministério. Chamou atenção para um fato interessante, o de não haver acusações contra integrantes do PT. Disse:

"Só observo que não existe insatisfação contra o PT". E negou que haja desgaste envolvendo o seu ministério. Mas confirmou insatisfações latentes no PP, PSB, PTB e setores do PMDB.

O problema é que há também no PT. As denúncias que envolvem o senador Eunício Oliveira, do PMDB, para variar ex-ministro de Lula, que teria armado uma maracutaia para burlar uma licitação de R$300 milhões na Petrobrás, podem alcançar o presidente da estatal, o petista baiano José Sérgio Gabrielli, que tem como projeto o governo da Bahia. Ele está na alça de mira da oposição que quer chamá-lo, junto a diretores da Petrobrás, a depor. A oposição também quer investigação da PF. A denúncia é grave. Está na grande mídia brasileira.

A onda de corrupção que varre o País arrepia. Não se vincula diretamente a Dilma Rousseff, embora segundo Pagot, atinja as obras do PAC da qual foi “mãe” no governo Lula e, agora, no seu mandato, transferiu a maternidade para a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.

O PR, senhor do feudo do Ministério dos Transportes desta república fatiada entre amigos e aliados, já está dando sinais de que desistirá do comando. O interessante é que os nomes cogitados por eles recusaram o cargo de ministro. Sinalizam indiretamente que têm medo. O temor talvez porque sabem que ficarão sob holofotes. Os pupilos de Valdemar da Costa Neto, o mensaleiro que renunciou o mandato para fugir à cassação, preferem ficar à sombra. Os corruptos voltaram a ser manchete.

O carimbadíssimo Luiz Antônio Pagot que depõe hoje promete falar o que sabe. Há informações de que estaria pressionado pelo governo para “minimizar” o que pretende contar. Não é isso o que, supostamente, ele pensa. Ameaça, sem dizer abertamente, virar uma espécie de Roberto Jefferson (em relação ao “mensalão”) e falar sobre as podres estruturas republicanas e como elas funcionam. Resta esperar para ver o que acontecerá.

A presidente da República que herdou esta situação, está em seríssima dificuldade. Tem alternativas para se afastar delas, uma e a mais correta é não transigir. Seu momento seria o de mudar a estrutura montada pelo lulapetismo e partir, se for o caso, para a punição da corrupção deslavada que tomou conta do serviço público brasileiro, na União e nas unidades federativas. Enriquecer no poder se transformou num fato banalizado, embora desprezível. Poucos têm princípios e a dignidade de entrar no poder público pobre e dele sair como entrou.

Em outras épocas isso era normal. Para citar apenas alguns nomes baianos, lembro os governadores Octávio Mangabeira e Régis Pacheco (que morreu na miséria, contando com a ajuda de amigos). O deputado João Borges, os senadores Josaphat Marinho, Rui Santos e Jutahy Magalhães, o deputado Vieira de Melo e páro por aqui. Porque a lista é grande. Observem que citei apenas políticos mortos, para não cometer injustiças com os vivos.

Dilma terá que acabar com o fatiamento da República; entender que a base aliada não deve ser uma base de gatunos e iniciar um processo de mudanças éticas, como em outras (e priscas) eras o PT pregou, para mergulhar no melaço ao assumir o poder. Basta isso para demarcar seu espaço na história. Basta a honestidade para transformar o Brasil, na medida em que o dinheiro dos contribuintes, oriundo portanto do povo, ao povo retornará em forma de obras, de benefícios, enfim, transformar a atividade política numa prática respeitosa. A República precisa retornar a ser digna. Se não o foi totalmente, nunca, em tempo algum da história deste País teve tantos larápios ocupando cargos e dilapidando o tesouro.
*Coluna de Samuel Celestino publicada no jornal A Tarde desta terça-feira (12).

sexta-feira, julho 15, 2011

BANDA LARGA - (popular) >:-(

O Plano nacional Banda Larga (PNBL) - feito sob medida para a população historicamente excluída, pois a mantém excluída - é tido por alguns como "emergencial", como o "possível". Pode ser, mas para mim parece como dar água suja para quem tem sede enquanto espera-se anos para que chegue - sem saber se efetivamente chegará - a água potável.
Neste meio tempo você até mata a sede, mas nem sempre. Você passa mal, tem problemas, para de beber por alguns dias... Isto é o PNBL. Água suja para quem tem sede, conexão medíocre para quem precisa de políticas de inclusão efetivas.
Já para os ricos, trem-bala de até 55 bilhões, conexão ultra-rápida só nas cidades-sede da copa, que ainda vem gastando horrores com estádios na maioria das vezes desnecessários, verdadeiros elefantes brancos, dinheiro público (nosso) para fusão do Pão de Açucar com Carrefour para agradar o empresariado com um discurso vazio de defesa da empresa nacional...
É engraçado como NUNCA falta dinheiro para agradar a elite ou para se pregar um pseudo-desenvolvimentismo que esconde uma faceta absolutamente destrutiva (vide Belo Monte ou a Transposição do São Francisco).
Para os pobres as migalhas, as sobras.
O rico come caviar e toma perrier no trem bala, o pobre toma água suja enquanto come pão duro e anda na Supervia, cujas balas são "perdidas" e a velocidade é de lesma.
É compreensível a construção do Trem-Bala, basta apenas ler os artigos do Pondé na Folha (para quem tiver estômago para o protótipo pop de Olavo de Carvalho), onde ele explica e analisa como e porque os aeroportos se tornaram rodoviárias - atraindo, claro, os indesejáveis pobres.
Hoje em dia é mais fácil sair de são Paulo de avião que de carro, agradeçam aos pedágios do Serra!
Para escapar da rafaméia, porque não um trem-bala? Bem europeu, chique e exclusivo... Mas claro, pagam todos os brasileiros e, proporcionalmente, paga mais o povo humilde.
A verdade é que este PNBL não serve nem como emergência, pois não garante sequer um mês de navegação. Nem que você só leia seus e-mails e passe 5 minutos por dia no Orkut (olhar fotos nem pensar) sua conexão dura até o fim do mês. Com boa vontade, 15 dias.
Cria-se um apartheid digital ainda pior, pois as pessoas estarão pagando por um serviço que não receberão e ficarão reféns das teles, de seus preços abusivos e velocidade ínfima.
Imaginem só atualizar algum componente de segurança de um computador com limite de 300 MB! Não se baixa um Linux sequer com esse limite, mal se baixa um bom pacote de antivirus e firewall com esse limite. O pobre (em todas as concepções) que assinar sequer poderá proteger seu PC, pois irá certamente estourar o limite mensal de navegação.
Usar todas as ferramentas disponíveis online nem pensar. Nada de youtube, baixar musicas, vídeos...
Se bem que é uma jogada inteligente de um governo que não faz o mínimo esforço para enterrar o #AI5Digital e que está carnalmente ligado aos interesses do ECAD e gravadoras via Ana de Hollanda. Nada melhor para evitar "compartilhamento ilegal" que simplesmente INVIABILIZAR o download destes e de todo e qualquer outro material por tabela.

Realmente, um governo ímpar! 

quinta-feira, julho 07, 2011

FALTA DE VERGONHA OU CASO DE POLÍCIA


A impressionante lista de escândalos do governo Dilma

Seis meses de gestão foram suficientes para quatro trocas ministeriais; nomes do primeiro time da presidente se envolveram em situações comprometedoras

Dilma Rousseff durante a posse: em seis meses, mais escândalos e menos feitos
Dilma Rousseff durante a posse: em seis meses, mais escândalos e menos feitos. Ladra,
 roubando da saúde, educação, transporte e tudo mais que puder desviar.
Em seis meses de governo, a gestão da presidente Dilma Rousseff se notabilizou pela profusão de escândalos -  mais do que por medidas concretas de governo. Dois ministros foram demitidos. Outros dois trocaram de lugar. Dois se safaram por pouco. Outros dois ainda devem explicações.
Antonio Palocci, chefe da Casa Civil, comandava uma consultoria bem-sucedida antes de ingressar no governo. O crescimento patrimonial espantoso levantou suspeitas de que o braço-direito da presidente autou como lobista. Quando resolveu se explicar, Palocci já era um cadáver político.
Sem o principal articulador político do governo, a presidente se viu novamente em apuros. Luiz Sérgio, ministro de Relações Institucionais, tinha poderes limitados. Dilma Roussef evitou mais uma demissão: preferiu rebaixar o petista a ministro da Pesca. Luiz Sérgio trocou de cargo com Ideli Salvatti.
A paz aparente durou pouco tempo.  Aloizio Mercadante, responsável pela pasta de Ciência e Tecnologia, também ficou exposto por uma revelação feita por VEJA. Foi ele quem ordenou a compra do falso dossiê contra o então candidato tucano ao governo de São Paulo, José Serra, em 2006. O episódio também respingou em Ideli Salvatti: então senadora, ela ajudou a espalhar o material para a imprensa.
Mercadante e Ideli continuam sob fogo da oposição. O primeiro deve ir à Câmara dos Deputados se explicar. A segunda é alvo de requerimentos de convocação, mas os governistas atuam para blindar a petista.
O último escândalo teve um desfecho nesta quarta-feira. Alfredo Nascimento, ministro dos Transportes, deixou o cargo depois que VEJA revelou o funcionamento de um grande esquema de corrupção na pasta. Dilma ainda protelou a demissão por quatro dias.
Motel - Houve também episódios que não chegaram a derrubar ministros. Ana de Hollanda, da Cultura, foi flagrada usando verba pública para passar o fim de semana no Rio de Janeiro, onde tem casa. Devolveu o dinheiro e ficou no cargo.
Pedro Novais havia aproveitado verba da Câmara dos Deputados para custear uma farra coletiva em um motel de São Luís. Devolveu o dinheiro e ficou no cargo.
Fernando Haddad, campeão de trapalhadas também no governo Lula, manteve a média na nova gestão. Defendeu a distribuição de um livro que ensina crianças a falar errado e se contradisse ao tentar justificar a distribuição do chamado "kit-gay.
 O grande problema agora para a presidente é que "a imagem da jovem administração de Dilma fica agora muito manchada, sobretudo se for levado em conta que em plena campanha também estourou um escândalo de tráfico de influências que envolveu quem era sua mão direita quando ela era ministra da Casa Civil e foi sua sucessora no cargo, Erenice Guerra"
No tempo de Fernando Henrique Cardoso o governo privatizou as Teles, no governo do PT, as Teles privatizam o governo.
Falta de vergonha ou caso de polícia?

segunda-feira, julho 04, 2011

METAMORFOSE

Senhores leitores, quero hoje deixar nesta pagina a real situação da sociedade contemporânea, não posso deixar de divulga-la, por entender a gravidade desta metamorfose e o caos onde nos levará.
Se a caso vc não esta muito ligado nessa coisa de politica, religião ou opção sexual, sugiro que ocupe seu tempo com outro gênero de leitura, mas, se vc esta atento as mudanças e o que elas representam a vc e sua família, como seus descendentes siga até o final e conclua. (perdoe-me pela extensão do texto) >:-(


A temática da sexualidade talvez nunca tenha provocado tanta celeuma no Congresso, em toda a sua história, como nesta legislatura. A decisão do Supremo Tribunal Federal de aceitar a união civil de pessoas do mesmo sexo; a tramitação do projeto que torna crime a homofobia; o ingresso no Parlamento do primeiro deputado gay declarado e defensor das causas da homossexualidade – eis algumas das iniciativas a gerar forte antagonismo dos grupos ligados a religiões e outros setores da sociedade que condenam o que chamam de desvios de comportamento e imoralidade. O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) pode ter se tornado o mais estridente representante desse segundo grupo, mas não está sozinho.
No Senado, os representantes da bancada religiosa trabalham para matar por inanição o Projeto de Lei 122/2006, conhecida como Lei Anti-homofobia. Se depender do senador Magno Malta (PR-ES), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Família, a lei sequer irá além das discussões em comissões temáticas, uma das etapas iniciais da tramitação. "O projeto é um defunto", desafia Magno Malta, em entrevista ao Congresso em Foco.
O projeto já passou pela Comissão de Assuntos Sociais, está em análise na Comissão de Direitos Humanos (CDH) e, se passar pelo colegiado, deve seguir para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Audiências públicas, textos substitutivos, emendas de redação, entre outros procedimentos, têm emperrado a tramitação do PL. Que sequer chegará à CCJ, se depender do presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Família – não por coincidência, o próprio Magno Malta, que apresentou o requerimento de audiência pública em meados de maio, ato mais recente do colegiado em relação à matéria. Ele chegou a publicar em sua página na internet que, caso o projeto fosse aprovado sem alterações, renunciaria ao cargo.
“Se o PL 122 for aprovado eu renuncio ao meu mandato. Se isso acontecer eu renuncio! Mas isso não vai acontecer. Este projeto está morto. Você já viu um morto ressuscitar? Apenas Lázaro, e parou ali. O que vai acontecer é que nós vamos sepultar este projeto, e fim”, declarou Magno em entrevista à revista religiosa Comunhão, veiculada na versão on-line em 20 de junho.

“A Constituição já diz que nós somos iguais. Então nós vamos criar um texto para dizer de novo que nós somos iguais, que o respeito dado ao índio, ao negro, ao judeu é o mesmo que tem de ser dado ao homossexual? O PL 122 apodreceu, é um defunto, está morto”, vociferou o evangélico, em entrevista concedida ao Congresso em Foco na última quarta-feira (29), um dia movimentado de deliberações no Plenário do Senado. Magno, que presidiu até há poucos meses a CPI da Pedofilia, apressou-se em reafirmar que é frontalmente contra qualquer modalidade de sexo que não seja entre homem e mulher.
“Deus criou macho e fêmea. Fulana está grávida de um menino ou de uma menina. Você não diz que fulana está grávida de um homossexual, não existe isso!”, exclamou o senador, apontando que o fato de o projeto reforçar a liberdade de opção sexual estimulará “aberrações”.
“O projeto é cheio de sutilezas. Uma das sutilezas brabas é essa: se você não aceitar a opção sexual de alguém, você comete um crime. Se esse texto for aprovado assim, estão legalizados a pedofilia, o sadomasoquismo, a bestialidade da relação com animais, a necrofilia, que é relação sexual com defuntos... Quer dizer, qual a lei que o juiz vai obedecer?”, vislumbra o senador, caprichando na criatividade escatológica.
“Por exemplo, uma viúva pode dizer: 'Meu defunto vai ficar aqui no prédio, eu quero viver com ele aqui mais dez anos, embalsamado. E o fedor entrando... A viúva pode levar um bode pra dentro do prédio, um jumento, até porque você só comete crime com animais silvestres e exóticos. Bode, jumento não estão nesse meio”, lembra Magno Malta, antes de adentrar o plenário para mais um discurso contra o que considera atentados aos dogmas cristãos.
Confira a íntegra da entrevista: 
Congresso em Foco - O senhor chegou a dizer que renunciaria ao mandato caso fosse aprovado o projeto que torna crime a homofobia. A promessa continua de pé?
Magno Malta - 
O que eu quis dizer foi o seguinte: eu tento tanta certeza de que ele [o projeto] não vai ser [aprovado], que eu disse que renunciaria. Muitos eleitores, e mesmo pessoas da imprensa, deram publicidade a essa minha fala em outro contexto. No dia em que os hackers invadiram a página da presidenta Dilma, naquela madrugada também houve uma invasão à minha página, inclusive colocando a “digital” na invasão, porque citavam exatamente elementos para o que o PL 122 fosse aprovado, para que eu renunciasse. Estão tentando transformar isso numa luta entre evangélicos e homossexuais. E não é. Eu, que presido a Frente Parlamentar da Família, sei que tem pessoas de segmentos religiosos diversos, gente que não professa fé nenhuma, que pensa da mesma forma. E que fazem parte da Frente, e somos maioria absoluta na Comissão de Direitos Humanos. Qualquer coisa que vier [a favor do projeto], certamente não terá sucesso.
Mas quando a senadora Marta Suplicy fala que o projeto pode voltar à estaca zero, isso não significaria uma recuo na luta contra o preconceito?
Esse número [PL] 122 é podre. Não aprovaremos nada com esse número. Eu encontrei esse rapaz, o [deputado] Jean [Willys]. Estávamos eu ele e o ascensorista apenas, e eu disse a ele: “Você está falando muita bobagem a meu respeito”. Porque ele dá entrevista dizendo que meu discurso é odioso, que eu disse que todo homossexual é pedófilo. Isso é uma mentira, onde está escrito isso? Eu sempre faço a defesa da opção das pessoas. Eu disse a ele: “Olha, isso [o PL 122] apodreceu. Eu topo conversar com você, no meu gabinete. Vamos discutir um texto novo”. Um texto para dar satisfação ou descarga na consciência, porque a Constituição já diz que nós somos iguais. Então nós vamos criar um texto para dizer de novo que nós somos iguais, que o respeito dado ao índio, ao negro, ao judeu é o mesmo que tem de ser dado ao homossexual? Ou mesmo a um garoto que nasceu com deficiência, um garoto estrábico, que não pode ser zombado na escola? Ora... Então vamos fazer, só para dar descarga na consciência? Vamos fazer. Está na Constituição, são as relações de boa convivência. A nossa dívida constitucional é essa, é respeitar as pessoas, as suas opções. Agora, com a participação de todos os partidos, vamos começar do zero, com novo número. Porque o PL 122 é um defunto, está morto.
Qual o problema com o número 122?Porque é o “PL da Homofobia”, coisa e tal. O Brasil não é homofóbico, esse termo é uma desgraça que criaram. Por exemplo, você chega em casa e vê um casal heterossexual se beijando em baixo de sua janela, você fala e pede: “Amigo, minhas crianças estão aqui”. Se você pedir para um homem e uma mulher, eles não vão pedir para você ser preso. Quer dizer que você pode falar para um casal hetero que se contenha e não pode falar para um casal homossexual? Isso é uma brincadeira!
Esse é um dos pontos do projeto, deputado. Na sua opinião, qual o pior ponto do PL?Todos são muito ruins. Ele tem sutilezas demais. Uma das sutilezas brabas é essa: se você não aceitar a opção sexual de alguém, você comete um crime. Se esse texto for aprovado assim, estão legalizadas também a pedofilia, o sadomasoquismo, a bestialidade da relação com animais, a necrofilia, que é relação sexual com defuntos... Quer dizer, qual a lei que o juiz vai obedecer? Qual será a interpretação dele?
Mas isso que o senhor está citando é crime ...A lei maior se sobrepõe à menor. Vai ficar uma dúvida. O advogado do pedófilo vai poder pegar essa lei e alegar que essa é a opção sexual dele, que ele gosta de garoto de 9 anos de idade, de 2 anos. E aí? O juiz vai decidir como, se tem uma lei que diz que se você não respeitar a opção você é que é o criminoso? E o pedófilo deixa de ser criminoso. Olha que troço louco! Por exemplo, uma viúva pode dizer: “Meu defunto vai ficar aqui no prédio, eu quero viver com ele aqui mais dez anos, embalsamado. E o fedor entrando... A viúva pode levar um bode pra dentro do prédio, um jumento, até porque você só comete crime com animais silvestres e exóticos. Bode, jumento não estão nesse meio. Se isso for legalizado, como é que decide o juiz? São sutilezas. E essas pessoas que estão defendendo isso...
Mas, senador, será que não existe mesmo preconceito? Há, por exemplo, a questão da não contratação de homossexuais só por causa da orientação sexual...Esse é outro absurdo. Se você não admitir um homossexual, cinco anos de cadeia. Se você demitir, sete. Se você não alugar seu imóvel, sete também. Dá problema de cadeia.
O senhor está dizendo que não será admitida a demissão de um homossexual se ele for incompetente?Não vai! De jeito nenhum! E outra, se ele colocar o currículo na sua empresa, aí você se lascou. Você vai ter de admitir, se não vão ser sete anos de cadeia. Quer dizer, você pode demitir um negro, um índio, você pode demitir uma pessoa com deficiência. Você pode não alugar seu imóvel para um portador de deficiência que você não vai preso. Segundo o PL 122, se for um homossexual, aí você vai preso. Então, estão criando um império homossexual no Brasil, uma casta diferenciada em detrimento de uma grande maioria que não aceita isso.
Mas mesmo que o projeto tenha contradições, o senhor não teme que o acirramento dessa discussão possa aumentar os casos de violência contra homossexuais no país?Não conheço essa violência que eles falam.
Mas e os casos registrados na Avenida Paulista, no centro de São Paulo?Mas e a Cracolândia? E a Avenida Dom Pedro? E o Glicério, e a Praça da Sé, em São Paulo? Eu conheço a violência contra nordestinos, contra mendigos, contra meninos de rua, contra meninas de rua, que são violentadas, contra viciados. A violência que se faz quando se mata de fome milhares de famílias neste país, que são expostas ao relento. A violência é contra todos! Quem tem coragem de espancar ou matar um homossexual tem coragem de fazer isso com um idoso, um portador de deficiência. Não adianta trazer estatística, porque aí eu vou trazer mais estatísticas de gente que morreu no trânsito, atropelada por ricos. Por políticos bêbados, que se recusam a fazer [teste de] bafômetro]. Agora foi o [ex-deputado federal] Índio da Costa, antes foi o Aécio [Neves, senador], que não têm exemplo nenhum para dar a ninguém – um foi candidato a vice-presidente e o outro, agora, quer ser presidente. E se recusam a fazer bafômetro? E os anônimos, vão cobrar o quê dos anônimos? Então quer dizer que não tem proteção para um indivíduo que ficou tetraplégico porque foi atingido por um indivíduo desse, bêbado, na avenida? Tem proteção pro outro, que, para se proteger, diz que não faz bafômetro. Morre gente no trânsito todo dia, gente fica tetraplégica todo dia. O Brasil é um país violento. O uso e o abuso de drogas, que é o adubo da violência, faz vítimas todos dos dias, e não são homossexuais. É só ver as ocorrências de mortos pelos hospitais e delegacias que você vai ver que 99% são pessoas estavam vindo do trabalho, foram assaltadas, e morreram. Ou o cara que morreu dentro da rave [festa eletrônica], foi assaltar e morreu. Ou o outro que morreu dentro da boca de fumo. Essa história de colocar a violência contra homossexual para criar polêmica, que é um casuísmo muito grande, essa não vale.
O senhor teme ser comparado com o deputado Jair Bolsonaro?Não. Acho que o homem é a sua decisão, é o que ele defende. E cada qual tem o direito de defender o que quer e o que acredita.
O que o senhor acha do deputado Bolsonaro?Eu o respeito, porque ele tem posição. Só não respeito quem não tem posição, quem é camaleão, que fica da cor da situação para tirar proveito. Agora, ele é um sujeito incisivo, duro. Eu não. Eu sempre respeitei os homossexuais. Os homossexuais pagam imposto, trabalham, tem muitos prestando serviços a esse país, e precisam do nosso respeito. Eu trabalho na recuperação de drogados há 30 anos, e está cheio de drogados homossexuais. Eu sempre os recebi. Eu sou presidente de um partido que, em meu estado, tem travesti.
O senhor acha que homossexualismo é questão de doença?Eu não entraria nesse mérito. Eu sei que Deus criou macho e fêmea. Fulana está grávida de um menino ou de uma menina. Você não diz que fulana está grávida de um homossexual, não existe isso! Agora, se o homem, por conta da sua cultura, quer se envolver com outro homem, isso é velho! No capítulo 1º de Romanos, a Bíblia diz o seguinte: “Por que se inflamaram na sua homossexualidade?”. Eu sou um homem cristão, e acredito nos moldes de Deus, macho e fêmea. Eu não acredito [em desvios sexuais], vou lutar até o final. Esse Senado da República não vai criar um terceiro sexo.
O senhor está certo, então, de que o projeto não será aprovado?Completamente certo. Eu estou inclusive propondo banir essas audiências públicas e sugerir que se coloque em votação. Bota pra votar. Vamos enterrar esse defunto de uma vez, jogar terra em cima dele. E, se quiserem, vamos discutir um texto genérico só pra dar satisfação à consciência.
Quando um senador de uma republica faz declarações como estas algo de muito grave nos aguarda em breve, o caos é eminente, quem viver verá.
SOS, Mayday, help Me :-< %-( Owned, Pwned, Fikdik. Salvem a família!